O sol já se punha, tingindo o céu de tons alaranjados e rosa, quando Jacob Lord e Roque Rems saíram da academia. O treino havia sido intenso, e o suor ainda brilhava em suas peles, colando as camisetas aos corpos musculosos. Jacob carregava uma mochila nas costas, enquanto Roque segurava uma garrafa de água, bebendo um gole longo antes de passar para o companheiro.
“Você está incrivelmente distraído hoje,” Roque comentou, com um sorriso malicioso nos lábios, enquanto Jacob aceitava a garrafa. Seus dedos se tocaram por um instante, e o olhar que trocaram foi carregado de uma tensão que só eles entendiam.
Jacob riu baixinho, devolvendo a garrafa. “Talvez eu esteja pensando em como você me distrai durante os exercícios. É difícil focar quando você está por perto.”
Roque arqueou uma sobrancelha, aproximando-se um pouco mais. “Eu distraio você? Achei que fosse o contrário.” Sua voz era suave, quase um sussurro, e Jacob sentiu um arrepio percorrer sua espinha.
Caminharam lado a lado, o ritmo dos passos sincronizado, como se estivessem dançando uma coreografia que só eles conheciam. A rua estava quase deserta, e o silêncio entre eles era confortável, mas cheio de promessas não ditas. De vez em quando, seus ombros se roçavam, e o toque casual era suficiente para acender uma faísca.
“Você quer parar em algum lugar?” Jacob perguntou, quebrando o silêncio. Seus olhos brilhavam com uma mistura de inocência e desejo, e Roque não conseguiu evitar um sorriso.
“Depende. O que você está sugerindo?” Roque respondeu, desafiador, parando de caminhar e virando-se para encarar Jacob de frente.
Jacob parou também, encarando Roque com uma intensidade que fez o ar ao seu redor parecer mais quente. “Talvez um lugar quieto, onde possamos… conversar.”
Roque riu, um som baixo e sensual que fez Jacob se sentir ainda mais atraído por ele. “Conversar, é? Você tem um jeito interessante de escolher as palavras.”
Jacob se aproximou, fechando a distância entre eles. “E você tem um jeito interessante de me deixar sem palavras.”
Por um momento, parecia que o mundo ao redor desaparecera. Roque ergueu a mão, tocando levemente o rosto de Jacob, seus dedos deslizando pela linha do maxilar. “Talvez a gente não precise de palavras,” ele murmurou, puxando Jacob para mais perto.
E, sob o céu que agora se pintava de estrelas, os dois se encontraram em um beijo que era a culminação de semanas de tensão e desejo reprimido. Era doce, mas intenso, como se cada segundo fosse uma promessa de algo maior.
Quando se separaram, Roque sorriu, seus lábios ainda próximos o suficiente para que Jacob sentisse o calor de sua respiração. “Acho que encontramos nosso lugar quieto.”
Jacob riu, concordando com um aceno. “Vamos para casa,” ele sugeriu, e Roque não precisou de mais convites.
De mãos dadas, continuaram a caminhar, o ar entre eles agora carregado de uma intimidade que só o amor e o desejo poderiam criar.