Cole Connor e Simon Thies eram dois lados da mesma moeda, mas nunca haviam percebido isso até o acaso colocá-los no mesmo lugar, na mesma hora. Cole, com seu jeito descontraído e sorriso fácil, era o tipo de pessoa que iluminava o ambiente só de entrar. Simon, por outro lado, era mais reservado, introspectivo, com um olhar que parecia guardar segredos que ninguém mais conseguia decifrar.
Eles se conheceram em uma livraria antiga, daquelas que parecem paradas no tempo. Cole estava procurando um livro de poesias, algo que o ajudasse a expressar o turbilhão de sentimentos que ele nem mesmo entendia direito. Simon estava ali por hábito, folheando um livro de arte com uma concentração que quase o isolava do mundo.
Foi Cole quem quebrou o silêncio, com uma piada boba sobre a dificuldade de escolher entre Rimbaud e Baudelaire. Simon ergueu os olhos, surpreso, mas um sorriso discreto se formou em seus lábios. A conversa fluiu naturalmente, como se eles já se conhecessem há anos. Horas se passaram, e a livraria começou a fechar. Eles saíram juntos, rindo de algo que só eles entendiam.
Daquele dia em diante, Cole e Simon se tornaram inseparáveis. Cole ensinou Simon a rir mais, a ver a vida com menos seriedade. Simon, por sua vez, mostrou a Cole a beleza da introspecção, das pequenas coisas que passam despercebidas no dia a dia. Eles se completavam de uma maneira que nem mesmo as palavras conseguiam descrever.
O amor entre eles não foi um furacão, mas sim uma brisa suave que foi se intensificando com o tempo. Era nas pequenas coisas que eles percebiam o quanto significavam um para o outro: no jeito como Simon guardava o lugar favorito de Cole no café, ou como Cole sabia exatamente quando Simon precisava de um abraço silencioso.
E assim, sem pressa, sem grandes declarações, Cole Connor e Simon Thies descobriram que o amor não precisa ser grandioso para ser verdadeiro. Bastava ser deles.
