A tarde estava tranquila, o sol dourado da primavera entrando suavemente pela janela, iluminando o ambiente com uma luz quente e aconchegante. Felix Fox estava deitado no sofá, um livro nas mãos, mas sua atenção não estava nas páginas. Seus olhos estavam fixos em Lydian Grey, que estava sentado no chão, encostado na base do sofá, com a cabeça reclinada perto do colo de Felix.
Lydian tinha os olhos fechados, um sorriso tranquilo nos lábios, enquanto os dedos de Felix brincavam suavemente com seus cabelos cacheados. Era um momento simples, mas carregado de uma intimidade que só eles compartilhavam. O silêncio entre eles era confortável, preenchido apenas pelo som suave da respiração de Lydian e pelo farfalhar das páginas do livro que Felix nem sequer lia mais.
“Você está muito quieto hoje,” Felix disse, sua voz suave, quase um sussurro, como se não quisesse quebrar a magia do momento.
Lydian abriu os olhos lentamente, virando a cabeça para olhar para Felix. Seus olhos verdes brilhavam com uma mistura de amor e contentamento. “Estou só aproveitando,” ele respondeu, a voz igualmente baixa. “É raro ter um dia assim, só nós dois, sem pressa, sem preocupações.”
Felix sorriu, fechando o livro e colocando-o de lado. Ele deslizou para baixo no sofá, ficando mais perto de Lydian. “Eu sei o que você quer dizer,” ele disse, os dedos agora traçando suavemente a linha da mandíbula de Lydian. “Às vezes, é bom só… parar. Sentir o momento.”
Lydian inclinou a cabeça, encostando-a na mão de Felix. “Você sempre sabe o que dizer,” ele murmurou, os olhos fechando novamente. “E o que fazer.”
Felix riu baixinho, o som suave e caloroso. “Eu só te conheço bem demais,” ele respondeu, os dedos agora deslizando pelo pescoço de Lydian, fazendo-o estremecer levemente.
Lydian abriu os olhos novamente, desta vez com um brilho travesso. “E você gosta de me ver assim, não é? Relaxado, vulnerável…”
“Eu gosto de você de qualquer jeito,” Felix interrompeu, sua voz firme, mas carregada de ternura. “Mas sim, eu gosto de ver você assim. Tranquilo. Feliz.”
Lydian sorriu, levantando-se do chão e sentando-se no sofá ao lado de Felix. Ele se encostou no ombro de Felix, a cabeça encontrando o lugar perfeito no pescoço dele. “Eu também gosto de você assim,” ele disse, a voz suave, quase um sussurro. “Calmo. Meu.”
Felix envolveu Lydian com um braço, puxando-o para mais perto. “Sempre seu,” ele respondeu, os lábios encontrando a testa de Lydian em um beijo suave.
Eles ficaram assim por um tempo, o mundo lá fora continuando a girar, mas dentro daquela sala, o tempo parecia ter parado. Era um momento de pura conexão, de amor que não precisava de palavras para ser expresso. E, naquele sofá, sob a luz dourada da tarde, Felix e Lydian sabiam que tinham encontrado algo raro e precioso: um amor que era simples, verdadeiro e eterno.